Dr Wamber Broni de Souza
As fibras têm uma importância muita grande na indústria para melhorar a resistência de muitos produtos. Assim, são aplicadas como fibras de vidro, fibras de carbono, e Kevlar (aramida).
Você encontra dois grupos de fibras: sintéticas e naturais. Apesar de sua grande aplicação, as fibras sintéticas vivem o problema da sustentabilidade e do alto custo de produção.
Então, o processo produtivo envolvendo as fibras sintéticas consome grandes quantidades de água e energia bem como produção de resíduos industriais.
Para preservar o meio ambiente, nas últimas décadas, ampliou-se a busca por materiais ecologicamente corretos que possam substituir ou reduzir o uso de fibras sintéticas. Assim, destacam-se as fibras vegetais. Por exemplo:
- Malva
- Juta
- Sisal
- Curauá
- Banana
- Algodão.
Em princípio, a composição química das fibras vegetais são celulose, hemicelulose, lignina, pectinas e ceras. Além disso, classificam-se de acordo com a sua origem. Por exemplo: sementes e frutos; relvas e gramíneas; folhas; caule e madeira.
Então, as fibras vegetais têm reconhecimento amplo na indústria. A princípio, apresentam devido as seguintes características:
- Crescimento e ciclo vegetativo rápido;
- Alta biodegradabilidade;
- Ser ecologicamente mais corretos;
- Ter menor risco à saúde humana;
- Baixo custo de produção;
- Ter menor densidade do que fibras sintéticas;
- Ter baixo consumo de energia durante a fabricação de compósitos;
- Aumentar as propriedades mecânicas dos compósitos.
Como a Amazônia contribui com fibras naturais
O Estado Amazonas contribui para fornece fibras naturais como Malva e juta. Então, as fibras de Malva e juta no Estado do Amazonas foi responsável pela renda de 20% no setor primário e empregava cerca de 51% da população amazonense.
Mas, como a produção de Malva e Juta se destina para produção de sacos, tapetes, papéis, estofados, confecções etc. com o tempo houve uma diminuição na extração dessas fibras. Isso, ocorreu graças a vários fatores. Por exemplo:
- Baixo preço por tonelada do produto
- Substituição por fibra sintética etc.
Qual a solução para a Malva e Juta
Em princípio, os cientistas apontam que a Malva e a Juta apresentam potenciais aplicações industriais principalmente para reforçar os compósitos. Assim, os cientistas buscam o uso dessas fibras na indústria. A ideia é usá-la para:
- Indústria automotiva – painéis de portas, encostos de bancos, painel de para-brisa, forro do porta-malas, painel de instrumentos, engrenagem;
- Construção civil – fabricação de tijolos, cimento;
- Militar – Coletes à prova de balas como parte do processo de desenvolvimento de defesa.
O que o Estado do Amazonas ganharia
Então, a reativação da cadeia produtiva da Malva e Juta tem forte capacidade de gerar empregos no campo e na cidade e não há barreiras para um projeto efetivo de produção de fibras naturais da Amazônia.
Além disso, a região ganharia uma nova capacidade de melhorar sua bioindústria. Ou seja, uma possibilidade de profissionalização da produção das condições de produção das várzeas do Estado do Amazonas.
Portanto, o uso das fibras de Malva e Juta é uma chance de reaquecer a produção e torná-la novamente uma atividade de referência para a economia do Estado do Amazonas.
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