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DQO e DBO – Siglas importante em análises ambientais

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Anderson Lages

Dr Anderson Lages

DQO e DBO – Siglas importante em análises ambientais é um artigo que mostra para você essas variáveis muito usadas pelas ciências ambientais. Então, quando se fala em análises ambientais, é comum você encontrar termos como DQO e DBO. Então, muitas vezes, esses termos não sem bem compreendidos nos meios acadêmicos. Ou, então, pela sociedade organizada. Em verdade, são variáveis ambientais que explicam em muito a dinâmica de determinados corpos de água. Assim, utilizam-se os dois termos tanto para água natural como sob influência antropogênica. De fato, tanto a DQO como a DBO tratam do oxigênio consumido em um dado ambiente aquático.

O que é DQO

A Demanda Química de Oxigênio – DQO – trata do oxigênio gasto num corpo hídrico para oxidar toda matéria orgânica ali presente. Em verdade, algumas espécies de sulfetos não são quantificadas nesse processo. Entretanto, a determinação de DQO em laboratório é feita com dicromato de potássio e o uso de mercúrio.

Sabe-se dos riscos, todavia, de se usar mercúrio em processos químicos. Haja vista, que vários tratados internacionais recomendam diminuir ou eliminar o mercúrio em análises químicas. Por conta disso, cada vez mais se usam as determinações em Carbono Orgânico Total – COT.

O que é DBO

A outra medida associada ao consumo do oxigênio é a Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO. Ela representa a medida de oxigênio consumido pela matéria viva de um ambiente aquático. Em outras palavras, é o oxigênio consumido pelos organismos presentes naquele meio. Normalmente, a DBO ou DBO5, tem por base o oxigênio dissolvido 5 dias antes da análise.

A relação DBO e DQO

Então, a DQO refere-se ao oxigênio que consume a matéria orgânica e a DBO ao oxigênio gasto na respiração biológica. Então, a relação entre DQO e DBO permite, inclusive, classificar o tipo de efluente presente em corpos de água.

Por exemplo, os igarapés de Manaus, a maioria já amplamente degradada, apresenta taxas de DQO/DBO acima de 5,0. Assim, tem-se que a matéria orgânica não foi consumida por microrganismos.

Então, a taxa DQO/DBO permite o entendimento sobre o tratamento a ser usado na recuperação dos corpos de água e no melhoramento de efluentes que serão descartados. Novamente, em Manaus, todos os igarapés de área urbana se encontram na condição de DQO/DBO > 5,0.

Então, essa situação configura um cenário bem difícil de recuperação desses corpos de água. A taxa de DQO no igarapé do Mindú, por exemplo, é cerca de duas vezes maior que no igarapé do Quarenta. Ou seja, os dois igarapés recebem um aporte alto de esgotos domésticos.

Considerações finais

Diante do exposto, as variáveis DQO e DBO são importantes ferramentas na avalição ambiental, sobretudo, no que tange a caracteres de naturalidade de um lugar. Por exemplo, os igarapés afastados das áreas urbanas de Manaus, apresentam taxas de DQO e DBO baixas, resultantes da dinâmica da floresta e dos ciclos biogeoquímicos.

Dessa forma, sugere-se que os tomadores de decisão da capital amazonense planejem e criem mecanismos que imitem a natureza amazônica, criando condições para que os importantes corpos de água de Manaus possam, enfim, ser revitalizados, com baixas taxas de DQO e de DBO. Espero que tenha gostado da DQO e DBO – Siglas importante em análises ambientais

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