Descubra a diferença entre metais pesados essenciais e não essenciais -

Por Dr Genilson Santana

Descubra a diferença entre metais pesados essenciais e não essenciais é um artigo que mostra os dois lados desses metais. Então, por definição Metais pesados são aqueles elementos com número atômico maior que 20 e densidade atômica acima de 5 g cm^− 3 e devem exibir as propriedades do metal. Além disso, os metais pesados classificam-se em duas categorias: metais pesados essenciais e não essenciais.

Então, descubra agora a diferença entre metais pesados essenciais e não essenciais.

Metais pesados essenciais

Os metais pesados essenciais são aqueles metais que possuem funções metabólicas nos organismos vivos. Eles participam nos processos fundamentais como crescimento, metabolismo e desenvolvimento de diferentes órgãos.

Existem numerosos metais pesados essenciais como cobre (Cu), cromo (Cr), ferro (Fe), manganês (Mn), cobalto (Co), zinco (Zn) e níquel (Ni) requeridos pelas plantas, pois formam cofatores que são estrutural e funcionalmente vitais para enzimas e outras proteínas. Os elementos essenciais são frequentemente necessários em quantidades vestigiais no nível de 10–15 ppm e são conhecidos como micronutrientes

Metais pesados não essenciais

Os Metais pesados não essenciais como cadmio (Cd), chumbo (Pb), mercúrio (Hg) e aluminio (Al) não tem funções biológicas nos organismos vivos, mesmo em quantidades extremamente pequenas.

Efeitos tóxicos do cádmio

O cádmio é um metal pesado tóxico que pode ter efeitos adversos na saúde humana e no meio ambiente. Você o encontra naturalmente na crosta terrestre, mas a atividades humanas também é responsável por sua liberação para o ambiente. Dentre as atividades você encontrará o cádmio em:

Mineração
Produção de baterias
Indústria de fertilizantes
Queima de combustíveis fósseis
Produção de alguns plásticos

Quando o cádmio vai para o ambiente, ele se acumula nos solos, sedimentos e corpos d’água. Plantas e animais também o absorvem através da água e dos alimentos. Por causa disso, o cádmio pode entrar facilmente na cadeia alimentar, afetando seres humanos e animais superiores.

Então, a exposição crônica ao cádmio pode ter vários efeitos tóxicos. Além disso, ele é conhecido por ser carcinogênico. Ou seja, ele pode causar câncer. Mas, por outro lado, ele pode afetar os rins, causando danos aos néfrons e resultando em problemas renais. Finalmente, o cádmio pode causar danos ao fígado, pulmões e sistema cardiovascular.

Efeitos tóxicos do chumbo

Em princípio, o chumbo é um metal pesado tóxico que causa uma série de efeitos adversos à saúde humana e ao meio ambiente. A exposição ao chumbo pode ocorrer por meio de várias fontes. Por exemplo: tintas à base de chumbo, água contaminada, poeira contaminada, alimentos contaminados, cerâmicas ou utensílios de cozinha e atividades industriais.

Então, os efeitos tóxicos do chumbo são especialmente prejudiciais para crianças pequenas, pois seus corpos estão em desenvolvimento e são mais sensíveis aos efeitos do metal. No entanto, adultos também podem ser afetados. Por exemplo:

Sistema nervoso: O chumbo pode afetar negativamente o sistema nervoso central. Além disso, ele causa danos cerebrais, resultando em problemas de aprendizado, diminuição do QI, dificuldades comportamentais, hiperatividade, problemas de atenção e distúrbios do sono. Em casos graves, pode levar a convulsões, coma e até morte.
Sistema cardiovascular: O chumbo causa danos aos vasos sanguíneos e afetar a pressão arterial. Isso pode levar a doenças cardiovasculares. Por exemplo: hipertensão, ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
Sistema renal: O chumbo é tóxico para os rins. A exposição crônica ao chumbo leva a danos nos rins e afetar sua função, resultando em problemas renais e insuficiência renal.
Sistema hematológico: O chumbo interfere na produção de células sanguíneas, causando anemia. A anemia por chumbo pode resultar em fadiga, fraqueza, palidez e dificuldade de concentração.
Sistema reprodutivo: O chumbo afeta a fertilidade tanto em homens quanto em mulheres. Em mulheres grávidas, a exposição ao chumbo pode levar a complicações na gravidez. Por exemplo: parto prematuro, baixo peso ao nascer e danos ao desenvolvimento fetal.
Outros efeitos: Além dos sistemas mencionados acima, o chumbo causa também danos ao fígado, sistema imunológico, sistema gastrointestinal e afetar o crescimento e desenvolvimento adequados em crianças.

Efeitos tóxicos do mercúrio

Então, o mercúrio é um metal pesado altamente tóxico que tem efeitos adversos significativos na saúde humana e no meio ambiente. Existem diferentes formas de mercúrio, incluindo o mercúrio elementar, o mercúrio inorgânico e o metilmercúrio, sendo este último a forma mais perigosa e comum encontrada em alimentos contaminados. Dessa forma, a contaminação por mercúrio tem os seguintes efeitos tóxicos:

Sistema nervoso: O mercúrio é extremamente tóxico para o sistema nervoso. O metilmercúrio, em particular, pode atravessar a barreira hematoencefálica e se acumular no cérebro, causando danos neuronais. Isso pode resultar em problemas de desenvolvimento neurológico em crianças expostas no útero, afetando a cognição, o aprendizado, a linguagem e o comportamento. Em adultos, a exposição crônica ao mercúrio pode causar tremores, distúrbios de coordenação, problemas de memória e concentração, mudanças de humor e danos cerebrais irreversíveis.
Sistema cardiovascular: O mercúrio afeta o sistema cardiovascular, causando danos aos vasos sanguíneos e aumentando o risco de hipertensão arterial, doenças cardíacas e derrames.
Sistema renal: O mercúrio causa danos aos rins e prejudicar a função renal. A exposição crônica pode levar a problemas renais, como insuficiência renal.
Sistema imunológico: O mercúrio compromete o sistema imunológico, tornando o organismo mais suscetível a infecções e doenças.
Efeitos sobre a reprodução e desenvolvimento: O mercúrio afeta a fertilidade em homens e mulheres. Em mulheres grávidas, a exposição ao mercúrio pode causar danos ao feto, resultando em atrasos no desenvolvimento, problemas cognitivos e comportamentais.
Outros efeitos: O mercúrio causa também danos ao fígado, sistema gastrointestinal e sistema respiratório. Além disso, a exposição aguda e intensa ao mercúrio pode levar a problemas respiratórios, irritação da pele e dos olhos, náuseas, vômitos e até mesmo coma e morte.

Efeitos tóxicos do alumínio

O alumínio é um metal amplamente utilizado na indústria e em produtos de consumo, mas quando ingerido ou inalado em quantidades significativas, tem efeitos tóxicos na saúde humana. No entanto, é importante ressaltar que a exposição diária a pequenas quantidades de alumínio em alimentos, água e produtos de uso diário geralmente não é considerada prejudicial à saúde. Em princípio o alumínio tem os seguintes efeitos tóxicos associados à exposição excessiva ou crônica ao alumínio:

Sistema nervoso: Altos níveis de alumínio no cérebro podem estar relacionados a doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer. No entanto, a relação entre alumínio e doença de Alzheimer ainda não está completamente esclarecida e é objeto de estudos em andamento.
Sistema ósseo: A exposição crônica ao alumínio pode interferir no metabolismo ósseo e contribuir para a perda de massa óssea, osteoporose e distúrbios musculoesqueléticos.
Sistema respiratório: A inalação de poeira contendo partículas de alumínio pode irritar os pulmões e causar problemas respiratórios, como tosse, falta de ar e bronquite crônica.
Sistema gastrointestinal: O consumo excessivo de produtos contendo altos níveis de alumínio pode causar distúrbios gastrointestinais, como náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal.
Efeitos renais: Em casos raros, a exposição excessiva ao alumínio pode causar danos aos rins e resultar em insuficiência renal. Isso geralmente ocorre em pessoas com problemas renais preexistentes ou em indivíduos submetidos a tratamentos médicos que envolvem altas doses de alumínio, como diálise.

É importante observar que a exposição ao alumínio através de produtos de uso diário, como utensílios de cozinha, embalagens de alimentos ou desodorantes, geralmente não apresenta riscos significativos à saúde, pois a quantidade de alumínio liberada nesses casos é mínima.

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