A poluição plástica quadruplicou nos últimos anos

A poluição plástica quadruplicou nos últimos anos um fato muito preocupante para a humanidade. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) quase metade de todos os resíduos plásticos do mundo vem dos seus países filiados. Dessa forma, os resíduos plásticos gerados anualmente por pessoa variam de 221 kg nos Estados Unidos e 114 kg nos países europeus da OCDE a 69 kg, em média, no Japão e na Coreia.

Então, a maior parte da poluição plástica vem da coleta e descarte inadequados de detritos plásticos maiores, conhecidos como macroplásticos. Além disso, os países da OCDE respondem pelo despejo de 11% do macroplásticos e 35% do microplásticos.

Como reduzir a quantidade de plástico no ambiente?

Reduzir a poluição causada por plásticos exigirá ação e cooperação internacional. Ou seja, é necessário reduzir a produção de plástico. A redução tem que ocorrer de diversas formas. Por exemplo:

Redução por meio de inovação
Melhor design de produtos
Desenvolvimento de alternativas ecológicas
Melhoria do gerenciamento de resíduos
Aumento da reciclagem.

Legislações mais rígidas

Em princípio, proibições e impostos sobre plásticos de uso único existem em mais de 120 países. Mas elas não estão fazendo o suficiente para reduzir a poluição geral. Então, a maioria dos regulamentos se limita a itens como sacolas plásticas. No entanto, as sacolas plásticas representam uma pequena parcela dos resíduos plásticos. Além disso, elas são mais eficazes na redução do lixo do que no consumo de plásticos.

Por outro lado, os impostos sobre aterros sanitários e incineração que incentivam a reciclagem existem apenas em uma minoria de países. Assim, as Perspectivas pedem maior uso de outros instrumentos. Por exemplo:

Esquemas de Responsabilidade Estendida do Produtor para embalagens e bens duráveis
Impostos sobre aterros sanitários
Reembolso de depósitos
Sistemas de pagamento conforme o descarte.

O plástico virgem ainda vence o reciclado

Então, a maioria dos plásticos em uso hoje são plásticos virgens – ou primários – feitos de petróleo bruto ou gás. A produção global de plásticos quadruplicou de 6,8 milhões de toneladas em 2000 para 29,1 Mt em 2019.

Dessa forma, é necessário fortalecer o mercado de plásticos reciclados. Além disso, deve-se definir metas de conteúdo reciclado e investir em tecnologias de reciclagem aprimoradas. Somente dessa forma poderemos ajudar a tornar os mercados de plástico reciclados mais competitivos e lucrativos.

Fatos importantes sobre o plástico

O consumo de plástico quadruplicou nos últimos 30 anos, impulsionado pelo crescimento nos mercados emergentes. A produção global de plásticos dobrou de 2000 a 2019, atingindo 460 milhões de toneladas. Os plásticos representam 3,4% das emissões globais de gases de efeito estufa.
A geração global de resíduos plásticos mais que dobrou de 2000 a 2019, para 353 milhões de toneladas. Quase dois terços dos resíduos plásticos vêm de plásticos com vida útil inferior a cinco anos, com 40% provenientes de embalagens, 12% de bens de consumo e 11% de roupas e têxteis.
Apenas 9% dos resíduos plásticos são reciclados (15% são recolhidos para reciclagem, mas 40% são eliminados como resíduos). Outros 19% são incinerados, 50% acabam em aterros sanitários e 22% fogem dos sistemas de gerenciamento de resíduos e vão para lixões descontrolados, são queimados a céu aberto ou acabam em ambientes terrestres ou aquáticos, principalmente em países mais pobres.
Em 2019, 6,1 milhões de toneladas de resíduos plásticos vazaram para ambientes aquáticos e 1,7 milhões de toneladas foram para os oceanos. Estima-se que haja agora 30 milhões de toneladas de resíduos plásticos nos mares e oceanos, e outros 109 Mt acumulados nos rios.
Considerando as cadeias de valor globais e o comércio de plásticos, alinhar as abordagens de design e a regulamentação de produtos químicos será fundamental para melhorar a circularidade dos plásticos. Uma abordagem internacional para a gestão de resíduos deve levar à mobilização de todas as fontes de financiamento disponíveis.

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Fonte

OCDE